
Sinopse
Inspirados em uma das lendas da violeta, que começa a eclodir ao final do rigoroso inverno para florir irradiante na primavera, Val Mello e Jorge Ventura costuram seus poemas de modo a exprimir o canto de amor sobre a saudade, de acalanto sobre a angústia, de equilíbrio sobre o desespero. A obra A Violeta Dezenove – Uma Transmutação Pandêmica expõe os sentimentos de tantos humanos no planeta Terra, as dores da pandemia e a alegria suprimida pela ausência de parentes, amigos, vizinhos e conhecidos que se foram, sobrando aos demais a esperança de um novo florescer. É a mensagem de otimismo, escrita a quatro mãos, sob a força transformadora da poesia. A exibição desses dois book-trailers, “Distância” (fragmentos dos poemas Vontades sob Domínios / Lugar Alheio (Val Mello) e Beijo de Lua / Empatia (Jorge Ventura) e “Surto” (Sobras e Faltas / Histeria Deferida (Val Mello) e Memento Pandêmico / Brado (Jorge Ventura), faz parte da campanha de divulgação da obra. Abaixo, o escopo poético que serviram de roteiros.
Vídeo título: Distância
Temas: Distância / Altruísmo
Fragmentos dos poemas:
Vontades sob Domínios / Lugar Alheio (Val Mello) e Beijo de Lua / Empatia (Jorge Ventura)
VM:
Tantas vezes desejei
ver o mundo inteiro inerte,
tudo em nome do meu ócio.
Hoje vejo minha clausura
escondida atrás da máscara,
implorando um abraço
que por decreto não vem.
JV:
Estamos devidamente distanciados.
Falta o feixe de luz da manhã adentrar a sala.
Faltam os miados, os latidos e a minha voz.
Faltam os amigos.
Sim, eu sei que não estás aqui.
VM:
Um gole, um porre…
De repente, nem um toque…
JV:
Mensagens pelo WhatsApp,
poemas, telefonemas…
VM:
Desses vazios opacos,
homens em separação.
Silêncio…
JV:
Insípido…
VM:
Inodoro…
JV/VM:
Atrás das máscaras!
Vídeo título: Surto
Temas: Surto / Angústia
Fragmentos dos poemas:
Sobras e Faltas / Histeria Deferida (Val Mello) e Memento Pandêmico / Brado (Jorge Ventura.
JV:
Podem matar poetas,
mas nunca a poesia.
Resvala-se sobre nós
tudo é talho e perfurante…
VM:
Indivíduos isolados
a tecerem novos tempos.
Faltam risos, faltam cores
numa aglomeração de vazios.
Às faltas sobram as sobras…
JV:
Podem morrer poetas,
o que apenas antecipa
o que subjaz a velha sina:
Toda dor se sabe antes que a saibamos…
VM:
Antes que a saibamos…
JV:
Me descabelo!
Me despentelho!
Me descaralho!
VM:
Dos vãos e vácuos,
pelas janelas entreabertas,
sinto um vazio de pensamentos…
A loucura em custódia
faz em mim um eu à parte.
JV:
No vagido do meu Ser
me transformo…
Feito um louco em surto…
JV/VM:
Brado!
Val Mello – É multiartista piauiense. Bacharel em Administração de empresas, pós graduada em Gestão da Qualidade, poeta, performer, artistas plástica. Faz parte da diretoria da APPERJ- Associação Profissional dos Poetas no Estado do Rio de Janeiro. Remonta versos e aforismos em sua página do Instagram @poesia_ruiva e suas ilustrações em @visual_poema. Participou de inúmeras coletâneas poéticas, lançou seu primeiro e-book em 2020, “A Violeta 19 – Uma Transmutação Pandêmica”, em coautoria com o jornalista e poeta, Jorge Ventura. Seu primeiro livro solo, intitulado “Vermelhos InVersos”, foi lançado em abril de 2021. Tanto o e-book, quanto o livro físico, possuem o selo da Ventura Editora.
Depoimento de Jorge Ventura: